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3 motivos para o rali das bolsas globais no último pregão de julho

Os futuros de S&P 500 e Nasdaq sobem com força, ignorando que a quarta será marcada pelo anúncio da decisão do Fed

Por Tássia Kastner
Atualizado em 31 jul 2024, 09h25 - Publicado em 31 jul 2024, 08h56

A tradição no mercado é que investidores sejam mais cautelosos antes do anúncio de grandes decisões ou resultados financeiros de empresas. Neste último pregão de julho, o conservadorismo foi aposentado. Os futuros de S&P 500 e Nasdaq sobem com força, ignorando que a quarta-feira será marcada pelo anúncio da decisão do Fed para a taxa de juros dos EUA.

É fato que 97% dos investidores esperam que a taxa de juros seja mantida no atual patamar. Mas, ainda assim, a entrevista coletiva de Jerome Powell, logo após a decisão, tem poder de bagunçar as apostas dos investidores para as decisões futuras do Fed. De lá, espera-se que ele sinalize o início da queda da taxa em setembro.

Tudo isso é dado como certo. Vamos, então, aos motivos para o rali desta quarta-feira de espera pelo Fed.

1. O boom tech

Foi um combo de notícias de ontem para hoje. Os EUA têm imposto restrições pesadas à China quando o assunto ronda semicondutores. Isso significa impedir parceiros comerciais de outros países de manter comércio com as indústrias chinesas, num esforço de barrar a transferência de tecnologia para os asiáticos.

Só que, agora, a agência Reuters publicou que Biden poderá aliviar a mão em relação a outros países. Isso beneficia a holandesa ASML, que dispara.

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Junto a ela, a AMD, fabricante americana de chips, também opera em alta após divulgar receitas acima do esperado pelo mercado financeiro.

A euforia é tão significativa que nem mesmo a desvalorização das ações da Microsoft, também reflexo de resultados mais fracos no segundo trimestre, impede a alta dos mercados. Isso enquanto investidores esperam os números da Meta, que saem após o fechamento do mercado.

2. O BoJ

O Banco Central do Japão anunciou a elevação de suas taxas de juros pela segunda vez em cinco meses. Após anos lutando contra a deflação, o índice de preços no país está ao redor de 3% e abre espaço para a redução de estímulos monetários. E, de quebra, a subida dos juros ajuda a deter a desvalorização do câmbio.

3. O petróleo

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O líder político do Hamas foi morto no Irã, um ataque que eleva o conflito na região. E aí, o petróleo avança. A subida nesta manhã supera os 2%, e ajuda a impulsionar papéis brasileiros e o EWZ, o barômetro do Ibovespa. Trata-se, porém, de uma valorização que mantém o barril ao redor dos US$ 80, próximo das mínimas do mês.

Trata-se de um final de mês atípico, mas do qual investidores de ações brasileiras não podem reclamar. O Ibov avança 1,80% em julho, ante queda de 0,44% do S&P 500. O Nasdaq cede 3%.

Claro, a janela de um mês não dá a dimensão do que ocorre nos mercados. O Ibov ainda acumula baixa de 6%, isso enquanto o Nasdaq avança 14%. Uma luta desigual. Sem falar na disparada do dólar e dos juros futuros no Brasil.

Por aqui, o mês termina com a divulgação da taxa oficial de desemprego e a nova (mesma) Selic, no fim do dia. Assim como no caso do Fed, a decisão é pedra cantada. O que a Faria Lima quer mesmo saber é o tamanho do receio do BC com o cumprimento da inflação, ainda mais agora que o dólar foi para o espaço e pode levar com ele o IPCA. De qualquer forma, essa é uma equação a ser resolvida em agosto.

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