Os últimos tropeços de Silvio Santos: fraudes em banco e machismo no ar
Fundador do SBT, apresentador morreu neste sábado, 17, aos 93 anos
O império do Grupo Silvio Santos passou por um grande terremoto em 2010, quando o apresentador precisou vender o Banco Panamericano, até então um de seus maiores patrimônios. Veio à tona um rombo de 4,3 bilhões de reais, provocado por fraudes entre 2006 e 2010.
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Segundo o Banco Central à época, o rombo foi resultado de irregularidades que se acumularam ao longo de quatro anos. Em 2018, sete executivos do banco foram condenados por gestão fraudulenta de instituição financeira, apropriação indevida e desvio de dinheiro. Esse “tropeço” nos negócios deixou Silvio extremamente abalado e, segundo pessoas próximas, o trauma o fez prometer não se envolver mais com questões bancárias.
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Além disso, recentes comentários preconceituosos incomodaram parte do público, principalmente a partir da aproximação com o governo de Jair Bolsonaro (2018-2022). Um dos genros de Silvio, Fábio Faria, foi ministro das Comunicações de Bolsonaro. Depois de ser eleito, em 2018, Bolsonaro telefonou para o apresentador, que o elogiou durante a transmissão do show beneficente Teleton. Uma disputa por um terreno ao lado do Teatro Oficina, em São Paulo, que se arrastou por mais de 40 anos, foi outro momento que rendeu estresse ao apresentador.