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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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O Copom entre o plural e o singular

BC vai reduzir juros em 0,5 ponto percentual, mas comunicado pode deixar de garantir cortes em 2024

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 out 2023, 07h00

A principal dúvida da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de terça e quarta-feira se resume pelo uso do plural. Há um consenso de que o comitê irá cortar a Selic em 0,5 ponto percentual, mas a pergunta é se o comunicado vai informar que o ritmo de redução permanecerá para “a próxima reunião (de 12 e 13 de dezembro)” ou “próximas reuniões (incluindo 30 e 31 de janeiro)”. O guia de que haveria cortes seguidos nos juros foi dado inicialmente na reunião de agosto.

Em suas últimas exposições, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem repetido sua preocupação com um cenário externo inflacionário no ano que vem. O alerta tem sido lido internamente como um contraponto aos indicadores de retração na economia e queda nos núcleos de inflação nos terceiro e quarto trimestres. Ou seja, RCN iria preferir dar a sinalização de apenas mais um corte de 0,5 ponto percentual, mesmo sabendo que o mercado entenderia a mudança no comunicado como um tom hawkish. A se ver como os diretores indicados por Lula reagem à modulação no discurso.

Internamente, o Ministério da Fazenda trabalha com cortes de 0,5 ponto porcentual nas reuniões da semana que vem, dezembro e janeiro, com março ficando em aberto a depender de como estiver o ritmo dos juros americanos.

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A indicação dos dois novos diretores do Banco Central, Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira, não assegura que haverá substituição dos atuais executivos Fernanda Guardado e Maurício Moura na reunião do Copom de 30 e 31 de janeiro. Para que isso aconteça, os novos diretores precisam ser sabatinados e aprovados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pelo plenário do Senado até o fim do ano, um prazo longo em condições normais, mas conturbado diante das dificuldades políticas do governo no Senado.

A CAE é o ninho das maiores pautas bombas no Congresso: a incorporação dos servidores do Amapá, Roraima, Rondônia e Acre na conta federal, a desoneração da folha de pagamento das prefeituras e a renovação dos benefícios da Sudam, Sudene com inclusão da Sudeco, do Centro-Oeste, com impacto de R$ 15 bilhões no orçamento de 2024. Fantoche do governador Ronaldo Caiado, o presidente da CAE, Vanderlan Cardoso, tem uma relação ruim com o Ministério da Fazenda em função das complexas reivindicações do Estado em manter seus subsídios estaduais. 

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