Privatizada pela Petrobras em 2017, a Nova Transportadora do Sudeste anunciou recentemente um plano de investimentos de 12 bilhões de reais na construção de gasodutos pelos próximos oito anos. A iniciativa da NTS, hoje controlada pela Brookfield e pela Itaúsa, provocou no mercado o receio de aumento na tarifa do gás.

A desconfiança se deu, por exemplo, porque pelo alto custo de um dos projetos anunciados, o Gasoduto Itaboraí-Guapimirim, o Gasig.

Sem investimentos nos últimos anos, a transportadora vinha registrando resultados expressivos em seus balanços, como receita operacional líquida de 5,8 bilhões de reais, com EBITDA (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) de 5,2 bilhões em 2021. Só no primeiro semestre desse ano, a NTS teve um EBITDA de 3,1 bilhões de reais — 94% de sua receita.

ATUALIZAÇÃO: Após a publicação desta nota, a Nova Transportadora do Sudeste esclareceu que o investimento no Gasig será de 230 milhões de reais para a construção de 11 km de extensão, o que irá viabilizar o escoamento da produção pela Rota 3 (produção da Bacia de Santos). E que não houve acréscimo de 165% no valor final da obra, como informava o texto anteriormente. “Na verdade, o valor apresentado em 2013, corrigido pela inflação seria de 311 milhões, o que significa que a obra atual está saindo 27% abaixo do valor original”, diz a empresa.

“O Gasig representa a retomada do mercado de energia e transporte de gás natural no estado do Rio, após abertura do mercado de gás, na contramão da crise energética internacional. A operação do gasoduto está prevista para março de 2023, com uma capacidade de 18,2 milhões de m³ por dia”, complementa.

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