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Por Robson Bonin
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Programa Desenrola perde tração depois de ser prorrogado

Ritmo da adesão de endividados caiu de cerca de 2 milhões por mês, de julho a dezembro, para 400 mil mensais, nos últimos dois meses

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 fev 2024, 11h01

A adesão dos endividados ao Desenrola Brasil perdeu tração desde que o programa foi prorrogado até o fim de março pelo Ministério da Fazenda, há quase dois meses. Na ocasião, Lula se queixou publicamente da baixa procura pela renegociação de dívidas e citou a publicidade oficial como possível causa para o cenário.

Lançado em julho passado com previsão de acabar no fim do ano, o Desenrola havia beneficiado 10,7 milhões de pessoas até o início de dezembro, com 29 bilhões de reais em dívidas renegociadas. Até essa semana, foram 11,5 milhões de atendidos (com um montante de 35 bilhões de reais).

Nos primeiros cinco meses do programa, foram contempladas, em média, 2,1 milhões de pessoas por mês. Desde dezembro, o ritmo mensal caiu para 400.000.

Na época do lançamento, o governo chegou a falar que o programa tinha potencial de beneficiar até 70 milhões de pessoas — número que correspondia ao total de negativados do Brasil inteiro.

Acesso ampliado

Com o resultado aquém do esperado, a Fazenda de Fernando Haddad está tentando de várias formas ampliar o acesso à renegociação.

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Questionado pelo Radar se há uma nota meta de beneficiados até o dia 31 de março, prazo para o fim do programa, o ministério respondeu que, do total de 70 milhões de pessoas apurado quando o Desenrola foi concebido, 30 milhões se enquadram na Faixa 1, voltada para o perfil da população com menor renda e de dívidas de menor valor.

“A plataforma é um mecanismo para renegociação voluntária, em que os benefícios já estão assegurados – descontos médios de 83% e condições de parcelamento em até 60 meses”, afirmou a pasta.

O MF disse ainda que coleta, constantemente, informações sobre a evolução do Desenrola, “inclusive para avaliar medidas que promovam o acesso à informação pelos usuários e facilitem a sua jornada na negociação digital pelo site”.

“Várias mudanças vêm sendo implementadas no programa para ampliar o acesso, como a prorrogação da Faixa 1 até março e a possibilidade de parcelamento das oportunidades de negociação existentes na plataforma para as contas bronze (antes, o site exigia que as pessoas tivessem certificado prata ou ouro na conta do GOV.BR para que pudessem acessar as vantagens do programa). A medida beneficia 12,7 milhões de pessoas que têm o certificado mais básico do GOV.BR e se enquadram no perfil do Desenrola”, concluiu a Fazenda.

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“Cadê os devedores?”

Em um discurso no dia 12 de dezembro do ano passado, durante evento no Palácio do Planalto, Lula lembrou da campanha sobre o Desenrola, porque 72 milhões de brasileiros estariam devendo e Brasil está “quebrado”.

“Não era isso que a gente ouvia durante a campanha? Pois bem, nós fizemos um programa genial. Se o pessoal que discute o Prêmio Nobel da Economia estiver me ouvindo, ele precisa pegar a turma de transição nossa, a turma de transição da minha campanha e a turma do Haddad e dar o Prêmio Nobel da Economia, porque nada é mais inteligente do que o Desenrola. Mas desses 72 milhões, só apareceram 10 milhões de pessoas para fazer a renegociação. E desses 10 milhões, 8,7 milhões até 100 reais”, comentou, no encerramento de uma reunião do Conselhão.

“Então cadê os devedores que não apareceram fazendo negociação de até 90% de desconto? Eu não sei se é por causa da publicidade nossa, mas nós vamos continuar. Vou prorrogar a data, porque se tem ‘nêgo’ devendo, nós queremos que ele pague o mínimo possível para que ele volte a ser cidadão, para que ele volte a consumir nesse país, porque somente com consumo vai ter indústria, somente com indústria vai ter salário, somente com salário vai ter distribuição de renda, é tão simples assim”, concluiu o presidente.

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