Pesquisa da CNI revela ‘gargalos’ à inovação na indústria brasileira
Falta de dinheiro, de mão de obra qualificada e de linhas de crédito são alguns obstáculos
Para 43% das grandes e médias indústrias do Brasil, a inovação tem alto grau de importância. Para outros 23%, essa importância tem um grau muito alto. No entanto, o país ainda tem muito a fazer para implantar a cultura de inovação entre o empresariado: para 29% das empresas, a importância de adotar práticas inovadoras ainda é apenas média e para 5%, baixa ou muito baixa.
Os dados são do levantamento encomendado pela Confederação Nacional da Indústria ao Instituto FSB Pesquisa, que será apresentada nesta quarta, durante o lançamento da parceria entre a CNI e o SOSA, maior plataforma internacional de conexão entre startups, empresas e governos.
A parceria prevê operação conjunta da CNI com o grupo israelense, que tem em sua rede 15.000 startups prontas para gerar soluções para empresas e investidores associados ao grupo em todo o mundo. Empresas e startups brasileiras poderão usar a plataforma para buscar soluções e para levar suas ideias ao mundo.
Entre os principais motivos para o desestímulo entre as empresas que dão importância baixa ou muito baixa à inovação, estão a falta de pessoal qualificado para inovar (45%) e recursos financeiros (30%). Em terceiro lugar, vem a falta de acesso a crédito (21%) e há ainda quem alegue falta de interesse (16%).
No caso das empresas que dão importância média à inovação, a falta de recursos financeiros vem em primeiro (42%), seguido de falta de pessoal qualificado para inovar (37%), falta de acesso ao crédito (27%) e de parceiros para desenvolver inovações (22%). Entre esses, a falta de interesse cai para 9%.
Na pesquisa – realizada por telefone, entre 18 e 26 de junho deste ano – foram entrevistados executivos de 402 empresas industriais brasileiras de médio e grande porte, compondo amostra proporcional em relação ao número total de empresas desses portes em cada estado brasileiro.