Custos da indústria caíram 2,5% no primeiro trimestre, calcula CNI
Desaceleração da indústria e dos serviços contribuiu para queda nos gastos com pessoal, energia e compra de insumos

O Indicador de Custos Industriais da CNI caiu 2,5% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao quarto trimestre de 2022. Por outro lado, o custo da indústria registrou alta de 3,6% na comparação com os três primeiros meses do ano passado.
A queda do indicador no primeiro trimestre de 2023 se deve ao recuo de dois dos três componentes do indicador: o custo de produção, que caiu 2,9%, e o custo tributário, que ficou 4,1% menor. O custo de capital subiu 6,4%.
Na avaliação da economista da CNI Paula Verlangeiro, a queda trimestral do indicador foi causada pela desaceleração da indústria e dos serviços.
Mesmo com essa queda no início do ano, os custos para a indústria ainda se encontram, segundo a CNI, em patamar “muito elevado” em relação à série histórica e 15,5% acima do período pré-pandemia.
O custo de produção é formado por três componentes: custos com energia, pessoal e intermediários. E todos caíram no primeiro trimestre do ano.
“A queda do custo com pessoal foi influenciada pela perda do ritmo de crescimento do mercado de trabalho, e percebemos que a menor pressão sobre os preços energéticos contribuiu para a queda do custo com energia. Além disso, o fornecimento de insumos e matérias-primas está trilhando o processo de normalização”, afirma Verlangeiro.