Dólar elevado já bate negativamente na inflação, diz Patricia Krause
VEJA Mercado: economista-chefe da Coface diz que mercado está nervoso, que moeda deve continuar volátil e que alta de 20% no ano piora projeção de inflação
VEJA Mercado | 30 de outubro de 2024.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta quarta-feira, 30. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, jogou um balde de água fria nas expectativas do mercado e afirmou que não há uma data definida para o governo apresentar o prometido pacote de cortes de gastos. A frase foi dada em uma rápida entrevista a jornalistas na última terça-feira. O ministro afirmou que teve — e ainda terá — uma série de reuniões com o presidente Lula sobre o assunto e que é ele quem vai decidir como e quando o pacote será anunciado. Haddad disse que Lula pediu algumas informações e que as reuniões têm sido positivas. Questionado se o pacote reduziria as despesas entre 30 e 50 bilhões de reais, o ministro afirmou que não divulga números antes das decisões serem fechadas.
O fato é que o mercado está muito ansioso e com os nervos à flor da pele por causa desse assunto. O dólar voltou a subir e fechou a última sessão a 5,76 reais, o nível mais alto do ano e um dos maiores da história. A máxima histórica da moeda americana é de 5,90 reais, atingida em maio de 2020.
A incerteza em relação ao resultado da eleição nos Estados Unidos também impacta negativamente o dólar. Novos dados de emprego nos EUA devem medir a temperatura da economia americana e o ritmo dos esperados cortes de juros por lá. Diego Gimenes entrevista Patricia Krause, economista-chefe da Coface para a América Latina. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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