Dados de emprego já são um sinal vermelho nos EUA, diz economista
VEJA Mercado: Para Mauro Rochlin, economista e professor da FGV, dados do ADP de hoje mostram movimento corrosivo da atividade americana
O último dia de pregão antes do feriado no Brasil é marcado por importantes indicadores no Brasil e nos Estados Unidos, que devem movimentar o mercado ao longo do dia, além de divulgações na agenda corporativa.
Lá fora, os investidores repercutem o relatório ADP, que mede a criação de empregos pela economia americana, e também as informações preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre dos Estados Unidos. Ainda pela manhã, o mercado acompanha a inflação medida pelo PCE, indicador preferido pelo Federal Reserve, o banco central americano, na definição da política monetária. Dados mais fortes tanto de inflação, quanto no mercado de trabalho de trabalho ajudam a desenhar o quão forte está a economia do país, o que pode ter efeito direto para a taxa de juros permanecer em níveis mais altos.
Para Mauro Rochlin, economista e professor da FGV, os dados do ADP — que mostraram a criação de 62 mil postos de trabalho, ante expectativa de 115 mil — são agora os mais importantes de serem observados, já que retratam melhor o momento da economia americana que pode ser atribuído diretamente ao governo de Donald Trump. O PIB do primeiro trimestre, embora importante, é um dado que ainda “olha pelo retrovisor” e representa um reflexo da administração anterior.
“O dado de emprego mostra como está nesse exato momento a contratação na economia americana e é um dado muito ruim, porque a expectativa de criação acima de 100 mil postos já era um dado menor do que o registrado anteriormente”, afirma o economista. “Não é uma boa sinalização daqui para frente.”
Na cena local, os dados do mercado de trabalho no Brasil marcam os negócios, tanto pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua de março, quanto pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). As informações ajudam a mostrar o quão aquecida está a economia do Brasil – também com potenciais efeitos para a política monetária local.
A agenda ainda é de dados corporativos importantes, marcada pelo balanço do Santander divulgado nesta manhã e pelos números da Meta e da Microsoft, no fim do dia.
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