Ano de 2025 começará com desafios para inflação, diz Alvaro Bandeira
VEJA Mercado: Para economista, pressão no câmbio e nos juros só gerará intervenção do BC ou do Tesouro se houver disfuncionalidade
Os índices europeus e os futuros americanos operam em alta na manhã desta quarta-feira, 4, enquanto investidores esperam por falas previstas para hoje do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde. No Brasil, o mercado acompanha a divulgação da produção industrial em outubro, que apresentou queda de 0,2% na base mensal. O dado mostra uma perda de força em relação ao mês anterior, quando houve crescimento de 1,1%. A expectativa para outubro era de crescimento de 0,2%. Na comparação anual, houve expansão da produção de 5,8%, em linha com o esperado.
A editora Juliana Machado entrevista Alvaro Bandeira, economista e coordenador da entidade reguladora Apimec. Para ele, embora o Produto Interno Bruto (PIB) tenha mostrado um desempenho positivo ontem, a produção industrial hoje apontou para uma desaceleração da economia. Nenhum dos dados, porém, permite afirmar que a inflação ficará sob controle nos próximos meses. “O ano de 2025 começa muito mais problemático com dados dívida e custo da dívida que precisam ser sanados”, afirma. “Temos que olhar com olhos muito críticos para o que o governo fará de política econômica. Do contrário, o Banco Central terá que fazer ajustes mais fortes na taxa Selic.”
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