Não há risco fiscal ou inflação que motivem alta de juros, diz Carla Beni
VEJA Mercado: economista e professora da FGV afirma que expectativas do Boletim Focus colocam Banco Central em encruzilhada apesar de cenário benigno
VEJA Mercado | 10 de setembro de 2024.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta terça-feira, 10. O IBGE divulgou há pouco o resultado do IPCA consolidado do mês de agosto. O novo dado de inflação volta a esquentar o debate sobre a iminente alta de juros no Brasil a ser anunciada pelo Banco Central no próximo dia 18 de setembro. No entanto, o IPCA surpreendeu, e o Brasil registrou deflação de 0,02% no mês — a primeira em 14 meses. O mercado já estima no Boletim Focus que a taxa Selic deve encerrar o ano de 2024 a 11,25%. Bancos e corretoras, como XP e Bank of America, já estimam que os juros podem bater a marca dos 12% no início de 2025. A piora nas projeções de inflação, o aquecimento da economia e a alta do dólar são os principais componentes dessa equação. Economistas identificam o risco de o país não cumprir a meta estipulada pelo BC este ano.
Ao mesmo tempo, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, deve seguir caminho inverso e anunciar cortes importantes nos juros da maior economia do mundo nos próximos meses.
No meio disso tudo, a Verde Asset, gestora do renomado Luis Stuhlberger, publicou sua carta mensal e revelou que zerou sua posição na bolsa de valores brasileira. A gestora citou “fundamentos preocupantes” e criticou a política fiscal do país nesta que foi a primeira decisão do tipo desde 2016. Diego Gimenes entrevista Carla Beni, economista e professora de MBA da Fundação Getulio Vargas (FGV). O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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