Crescimento do Brasil é mais homogêneo que o esperado, diz Paula Magalhães
VEJA Mercado: economista diz que impulso do agro ficou para trás e que alta do PIB é alavancada por consumo e investimentos
VEJA Mercado | 13 de agosto de 2024.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta segunda-feira, 13. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem um plano ambicioso até 2026: recuperar o grau de investimento do Brasil pelas agências de classificação de risco, ou chegar perto disso. Hoje, o país está a duas revisões de alcançar tal marca pelas principais agências, como S&P, Fitch e Moody’s. As agências melhoraram a percepção sobre o quadro fiscal do Brasil depois das aprovações do novo marco fiscal e do texto-base da reforma tributária, mas condicionaram novas melhoras ao cumprimento das metas estabelecidas. O governo tem anunciado bloqueios no orçamento de 2024 para alcançar o limite da banda inferior da meta de déficit zero deste ano, que prevê um déficit de, no máximo, 0,25% do PIB. Em evento da Warren Investimentos, o ministro disse ainda que os ajustes podem ser feitos sem choques e sem comprometer o crescimento econômico. “Temos que virar a página de muito gasto e alta inflação”, disse.
Já Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, lançou recados importantes sobre a política monetária dos Estados Unidos em evento organizado pela FGV. O chefe do BC disse que as propostas dos candidatos na eleição têm sido inflacionárias e que, independentemente de quem ganhe, os EUA não devem ter uma política fiscal muito austera — o que pode minar os cortes de juros pelo Fed.
Diego Gimenes entrevista Paula Magalhães, doutora em economia pela EESP-FGV. A economista afirma que o crescimento do PIB tem sido mais homogêneo que o esperado e impulsionado pelo consumo e por investimentos, não somente pelo avanço do agro. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo pelas redes sociais e pelo VEJA+, a partir das 10h.
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