Vale dispara e carrega a bolsa nas costas; dólar cai a R$ 5,27
VEJA Mercado: mineradora sobe 5% depois de cair mais de 3% no pregão anterior e mostra que, no fundo, ninguém sabe o que vai acontecer com o minério
VEJA Mercado | Fechamento | 1° de fevereiro.
O sobe e desce da Vale em plena semana de feriado do Ano Novo chinês nos mercados asiáticos revela que quase ninguém sabe o que vai acontecer com o minério de ferro neste ano. No pregão de ontem, a queda da mineradora foi de 3,3%, mas, hoje, a companhia fechou em alta de 5,2%. Para os analistas, a intervenção da China no mercado de aço vai mexer com os preços da commodity e provocar ainda mais volatilidade nas ações. “Não é uma dinâmica confiável. A China restringe a produção de aço por lá quando bem entende e reduz indiretamente a demanda global por minério”, avalia Felipe Vella, analista da Ativa Investimentos. Nesta terça-feira, o BTG Pactual publicou um relatório em que aposta numa forte valorização do minério de ferro em 2022, podendo bater a marca de 140 dólares a tonelada, segundo o banco. Já o Citi alerta que a Vale pode vender menos do que produzir este ano. Os diferentes pontos de vista mostram que quem deve reinar mesmo é a tal da volatilidade.
A disparada da Vale nesta terça-feira carregou o Ibovespa nas costas. O índice fechou em alta de 0,97%, aos 113.228 pontos. O dólar abriu o mês de fevereiro em queda. Hoje, recuou 0,62%, a 5,272 reais. A entrada do investidor estrangeiro no Brasil fortaleceu o real frente à moeda americana. No campo das empresas, as siderúrgicas e mineradoras acompanharam a subida da Vale. CSN e Usiminas subiram 5% e 3,8%, nessa ordem. No lado das baixas, o destaque ficou por conta da petrolífera 3R Petroleum, que caiu 2,4% após o leilão de um grande volume de ações da Starboard. A Petrobras fechou em alta de 2%, enquanto o petróleo brent fechou estável, a 89,2 dólares o barril
*Quer receber alerta da publicação das notas do Radar Econômico? Siga-nos pelo Twitter e acione o sininho.