Unicórnio das maquininhas capta R$ 200 milhões com fundo de crédito
SumUp, fintech europeia com atuação no Brasil, estrutura seu terceiro FIDC para prover financiamento a seus clientes
A fintech europeia SumUp criou mais um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), o terceiro desde que estreou essa modalidade de financiamento. A empresa usará esse novo fundo para antecipação de pagamentos de clientes donos de maquininhas que realizam vendas via cartão de crédito. Ela vende os chamados recebíveis dos consumidores que usam cartão para fazer pagamentos nas maquininhas e com o dinheiro financia seus clientes, geralmente microempreendedores. Esse novo FIDC, que foi estruturado pelo Itaú, captou agora 200 milhões de reais. A empresa já havia obtido 530 milhões de reais com fundos parecidos. Mariana Lazaro, CFO da SumUp para a América Latina, diz que os fundos fazem sucesso porque têm risco mais baixo e podem ser comparados aos produtos de renda fixa. “Quem paga a dívida é o emissor do cartão de crédito, ou seja, os bancos, logo o risco é muito baixo.” De qualquer forma, esse é um tipo de investimento voltado a investidores profissionais, que já tenham ao menos um milhão de reais investidos.
A SumUp está no Brasil desde 2013. A operação brasileira já recebeu uma injeção de 1,3 bilhão de reais em investimentos. A fintech é um unicórnio (startup que possui valor de mercado de mais de 1 bilhão de dólares) que vende serviços financeiros, como maquininhas de cartão, conta bancária digital e empréstimos e se destacou no mercado nacional por oferecer produtos feitos para microempreendedores a preços competitivos, concorrendo com gigantes do setor como Cielo e PagSeguro.
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