Petrobras faz reestruturação em área de compliance e combate a assédio
“Criamos uma gerência executiva de responsabilização disciplinar, criando uma corregedoria, coisa que a empresa nunca teve”, afirma o diretor de Compliance
A diretoria de Governança e Conformidade da Petrobras anunciou uma série de mudanças em sua estrutura nesta sexta-feira, 6. A área agora contará com quatro gerências executivas — antes eram duas — e duas gerências gerais. O novo desenho estrutural cria a gerência executiva de Responsabilização Disciplinar e a gerência geral de Informações Estratégicas e Monitoramento do Sistema de Integridade; a antiga gerência geral de Integridade Corporativa, responsável pelas investigações internas, ganha o status de gerência executiva.
Conforme o Radar Econômico antecipou em agosto, a empresa também passará a fiscalizar fornecedores em relação a suas políticas de assédio. Segundo Mário Spinelli, diretor de Compliance da Petrobras, a gerência de apuração de assédio será comandada por uma mulher — que ainda será escolhida.
“Criamos uma gerência executiva de responsabilização disciplinar, criando uma corregedoria, coisa que a empresa nunca teve”, afirma Spinelli, em entrevista à coluna. “Agora, quem apura o fato não apura a responsabilidade por esse fato, hoje existe essa separação, seguindo o modelo proposto pela Corregedoria-Geral da União”, diz. “A Petrobras tem 234 mil forcenedores. Se vierem a praticar algum ato lesivo contra a Petrobras, a lei anticorrupção permite que a empresa instaure um processo administrativo e aponta sanções e multas e impedir de participar de licitações”, afirma ele.