Os problemas que o Banco Inter vai ter de enfrentar, segundo analistas
VEJA Mercado: fintech divulga prévia operacional do primeiro trimestre de 2022 e ações derretem 8%
O Banco Inter divulgou sua prévia operacional do primeiro trimestre de 2022 e, apesar de ter alcançado a marca de 18 milhões de clientes, o mercado viu mais problemas que soluções. Os analistas do UBS BB, por exemplo, avaliam que a inadimplência, principalmente no cartão de crédito, subiu mais que o esperado. “Embora a base de clientes tenha apresentado uma expansão considerável, acreditamos que a deterioração da qualidade dos ativos pode causar uma reação negativa no Inter”, dizem os analistas. O índice subiu de 5,2% no quarto trimestre de 2021 para 6,6% no primeiro trimestre de 2022, contra uma média de 4,4% antes da pandemia.
Para os analistas do BTG Pactual, essa é uma das principais razões para se colocar em xeque a capacidade da companhia de lucrar no futuro. “Dada a combinação de inadimplência e maiores provisões e despesas com pessoal, esperamos que o ROE recorrente (possibilidade de pagar dividendos) permaneça próximo de zero no primeiro semestre, em um ambiente em que os investidores estão cada vez mais exigentes quando se trata de entender como o Inter entregará resultados mais fortes”, diz a instituição. Além disso, a tomada de crédito recuou 25% em relação ao quarto trimestre. O mercado acredita que a fintech está crescendo, mas que nem todas as frentes estão em expansão e que, pior, a inadimplência está subindo. Às 16h, as ações da fintech negociavam em queda de 8,65%.
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