O sono do mercado não anda bom — e não é por causa da Petrobras
VEJA Mercado: a ressaca dos investidores depois do tombo

Depois da tempestade, o sol? No mercado financeiro, talvez não. Um dia depois do petróleo derreter quase 10%, das bolsas caírem e de o dólar subir, as preocupações dos investidores seguem as mesmas: Covid-19 e recessão. Na Ásia, os mercados e o minério de ferro já amargam quedas diante do ruído de que a China voltou a confinar habitantes de 11 cidades por novos casos de Covid-19. Nos Estados Unidos, os futuros das bolsas americanas são negociados em baixa antes dos pregões abrirem, graças à cautela dos investidores esperando a ata do Fomc, que sairá na parte da tarde e deve dar novas pistas dos próximos passos do Federal Reserve na política monetária do país e medir, mais uma vez, o risco de recessão das economias. Já o petróleo sobe pouco mais de 1% nesta manhã depois de ter derretido quase 10% na véspera.
Aqui no Brasil, o texto final da PEC das Bondades deixou de fora a criação de um novo auxílio para motoristas de aplicativo, o que deve deixar o gasto total da proposta em pouco mais de 40 bilhões de reais, como o orçado anteriormente. Resta saber se o novo furo no teto já foi totalmente precificado pelos investidores ou se ele vai se somar ao fantasma da recessão e pressionar o mercado mais uma vez. Por volta de 9h15, o Ibovespa futuro recuava 0,50%.
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