O movimento de Haddad que pode atingir em cheio o Banco do Brasil
VEJA Mercado: levantamento indica que instituição pública é uma das que mais pagam juros sobre capital próprio (JCP), que estão na mira do governo
O Ministério da Fazenda pode atingir em cheio o Banco do Brasil caso os juros sobre capital próprio (JCP) sejam de fato extintos pelo governo federal. O ministro Fernando Haddad afirmou a jornalistas que a pasta estuda o fim do mecanismo para evitar abusos por parte das empresas. A ferramenta é uma forma de remunerar os acionistas e utilizada sobretudo pelo setor bancário. Ao contrário dos dividendos, as empresas não são tributadas pelo JCP. Neste caso, o imposto de renda é deduzido do acionista. Um levantamento realizado pela plataforma TradeMap aponta que o Banco do Brasil é, percentualmente, a segunda empresa listada em bolsa que mais paga JCP aos investidores.
A amostra levou em conta a mediana de todas as companhias que utilizaram o mecanismo nos últimos três anos. O chamado dividend yield é calculado pela divisão do valor pago por ação em JCP pelo preço do papel da companhia na bolsa. O resultado é multiplicado por 100. No caso do BB, a mediana dessa relação nos últimos três anos é de 8,01%. Apenas o Banrisul aparece percentualmente à frente do banco — com 8,65%.