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O lanche do Burger King agora mofa — e isso é bom

Rede de sanduíches limpa o carro chefe da marca de conservantes artificiais e afirma que essa é a beleza da comida real; ela apodrece

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 set 2020, 15h29 - Publicado em 17 set 2020, 09h14

A rede de sanduíches Burger King inicia nesta quinta-feira, 17, uma nova fase. A meta é retirar de todo o cardápio de comidas qualquer tipo de conservante artificial até o fim do ano que vem. E o início se dá pelo carro-chefe da companhia, o Whopper. A partir de hoje, em São Paulo, o principal lanche do Burger King passará a mofar, algo considerado extremamente positivo pelos administradores do Burger King. “A beleza da comida real é que ela fica feia”, afirma Ariel Grunkraut, vice-presidente de marketing e vendas do Burger King no Brasil.

Depois do Whopper, os ingredientes 100% naturais serão gradativamente invadindo o restante do cardápio, tanto em São Paulo, quanto no resto do Brasil. A iniciativa deverá entrar em outros estados no ano que vem. O Burger King afirma que foi altamente desafiador encontrar e desenvolver fornecedores para conseguir colocar de pé a estratégia. Para alguns ingredientes, como o queijo, ainda não está solucionado. A saída foi importar do Uruguai. Por aqui no Brasil, os fornecedores não possuíam a tecnologia necessária para embalar o queijo de forma estéril e que mantivesse por maior tempo a qualidade do produto. “Se fosse fácil, todos já teriam feito”, afirma Fernando Machado, CMO global do Burger King. “Tem um impacto de logística, pois o pão vai durar menos da metade do tempo na prateleira, o desafio de preparar os fornecedores para que consigam entregar os produtos. Quando as coisas têm conservantes, é muito mais fácil.”

E a pergunta de um milhão de dólares: isso vai influenciar no preço do lanche? De jeito nenhum, dizem os dois executivos. Eles afirmam que a rede vai espremer suas margens para conseguir acomodar os novos ingredientes sem perder participação de mercado. “Todos gostam de produtos sustentáveis, mas não gostam de pagar mais por isso”, afirma Machado. E a segunda pergunta de um milhão de dólares: o gosto vai mudar? Aqui já não será tão fácil. Sem centenas de itens como nitrito, nitrato e outros elementos químicos que pouco entendemos, será difícil manter o mesmo sabor de antes. Por outro lado, eles garantem: “terá gosto de comida de verdade”.

Na campanha que vai ao ar nesta quinta, o Burger King promete algo ousado. O reclame de 45 segundos mostra o Whopper se deteriorando, mofando, literalmente apodrecendo, em 34 dias, ao som de Nelson Ned, Tudo Passará, recriada para ter a mesma sonoridade nostálgica da versão original. Você pode vê-la aqui. “Ninguém mais vai fazer experiência com a gente para mostrar que o lanche não mofa”, vaticina Grunkraut.

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O Whopper mofado, depois de 34 dias / (Burger King/Divulgação)

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