Mau humor internacional e Petrobras fazem bolsa fechar em queda
VEJA Mercado: índices norte-americanos recuam por temor a impostos corporativos por lá; aqui, a pauta foi combustível
VEJA Mercado | Fechamento | 14 de setembro.
O Ibovespa operou em alta durante boa parte do dia, mas virou para o negativo na parte da tarde e fechou o pregão desta terça-feira em leve queda de 0,19%, a 116.180 pontos. A razão principal, segundo os analistas, é o mau humor internacional, já que as bolsas de Nasdaq e S&P 500, por exemplo, fecharam em baixa dada às incertezas sobre um possível aumento nos impostos corporativos nos EUA. Nem mesmo a inflação americana, que veio ligeiramente abaixo do esperado, foi capaz de manter os índices no azul. “O temor pelo aumento de impostos às empresas por lá foi maior do que uma possível animação por inflação menor”, diz Murilo Breder, analista de renda variável do Nu Invest. Por aqui, o fator Petrobras também pesou na conta. Falas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto , questionando o preço dos combustíveis, influenciaram negativamente nas ações da companhia na bolsa. A empresa fechou em queda de 1,33%.
O minério de ferro segue em tendência de queda no exterior e as ações da Vale, maior peso do índice, sentem o baque. Hoje, o papel caiu 0,71%. No lado das altas, destaque para o setor de tecnologia. As ações da Méliuz subiram 15,10% e foram, pelo terceiro pregão consecutivo, a maior alta do dia. Segundo os analistas, não há um fator específico que explique o movimento, mas, sim, uma recuperação como um todo de um setor que sofreu recentemente.”As empresas de tecnologia caíram muito. O mercado começou a se debater nos últimos meses e essas empresas derreteram bastante, chegaram a perder 50% de valor. Agora, estão devolvendo, mas haviam caído nessa mesma velocidade”, avalia Breder. O mesmo vale para a Locaweb, que subiu 8,21%, a segunda maior alta do dia,