Guedes confia em ano eleitoral para corte do IPI de 25% a 50%
Ministro vai contra propostas que reduzem somente impostos federais de combustíveis, mas IPI envolve articulação política com todos os governadores
“Vocês acham que, num ano eleitoral, se a gente propuser queda de imposto de 25% a 50% vai ser bom para ganhar voto?” Assim o ministro Paulo Guedes reage sobre a proposta de cortar o IPI. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o ministro diz que o percentual vai depender da discussão política e dos governadores, já que parte do imposto é receita para os estados. Se eles aceitarem o congelamento do ICMS sobre combustíveis esse corte pode ser de 10%, 15% ou 20% só para sinalizar, segundo Guedes. Mas supondo que os governadores queiram aumentar impostos, descongelar ICMS e conceder aumento de salário daí vai para 50%. Guedes prefere o corte do IPI à redução de PIS/Cofins nos combustíveis, que segundo ele só serviria para subsidiar quem usa lancha e avião. Mas vale destacar que um um corte de IPI, que beneficia a indústria, não necessariamente seria repassado para os preços finais a tempo da janela eleitoral.
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