Deputados da base apontam risco de votar PEC de Precatórios nesta quarta
Sem acordo, pagamento do Auxílio Brasil depende da aprovação de projeto, segundo Ministério da Economia
Deputados da base aliada classificam como difícil dar vazão à votação da PEC dos Precatórios nesta quarta-feira, 3, como pautou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Nos bastidores, parlamentares afirmam que ainda não há “gordura” para que Lira consiga aprovar o projeto, e calculam uma base de apoio (não lá muito sólida) entre 315 e 320 deputados, número apertado para quem depende de, ao menos, 308 votos para aprovar o texto. “O Arthur não vai perder de novo”, avalia um parlamentar. Estes mesmos parlamentares, porém, refutam a possibilidade de que Lira dê vazão a uma proposta que estenda o chamado Orçamento de Guerra, garantindo o pagamento do Auxílio Brasil de 400 reais fora do teto, por meio da consolidação da decretação de estado de calamidade.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), tem abordado deputados e “jogado duro”, dizendo que, sem a aprovação, o governo não consegue garantir o pagamento de emendas impositivas no ano que vem, aquelas já previstas no Orçamento. Aliados dizem que Barros não deve conseguir aglutinar um quórum confortável de 460 deputados presentes nesta quarta-feira. “Mas nada garante que não conseguirá amanhã”, afirma um deputado.