Como o Ibovespa chegou ao seu melhor trimestre desde 2020
VEJA Mercado: bolsa fechou o primeiro trimestre de 2022 em alta de 14,48%
Março acabou e com ele se foi o primeiro trimestre de 2022. Nesse período, o Ibovespa acumulou uma alta de 14,48%, aos 120 mil pontos, o maior avanço trimestral desde o último trimestre de 2020, quando subiu 25,81% — àquela época beneficiado pela Selic mais baixa da história, o auxílio emergencial bilionário que segurava a economia e pelos descontos nas empresas provocados pela pandemia. Voltando para o presente, desde janeiro deste ano, os estrangeiros colocaram 90 bilhões de reais no Brasil, movimento este que se intensificou depois que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou.
A disparada de commodities como o petróleo e o minério de ferro beneficiou o mercado brasileiro, que é muito sensível às chamadas matérias-primas. “Foram diversos que fatores que impulsionara o Ibovespa no primeiro trimestre do ano. A gente precisa lembrar também que os ativos vinham bastante desvalorizados do ano passado e que o aumento da taxa Selic também trouxe mais dinheiro estrangeiro para o país”, avalia Rodrigo Barreto, analista da Necton Investimentos. Nesse período, o dólar recuou 14,63%, cotado a 4,761 reais.
Dentre os destaques do primeiro trimestre do ano, as gigantes Vale e Petrobras acumularam altas de 27,48% e 17,64%, nessa ordem. Já o Índice Financeiro (IFNC), que engloba os grandes bancos do país, se valorizou 24,28% nesse período, uma vez que a Selic foi para a casa dos 12,75%.
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