Como Bolsonaro vai reagir a Lula na questão dos preços da Petrobras
Preços dos combustíveis virou a pauta principal neste início de ano eleitoral
O ex-presidente Lula tem dito em entrevistas a rádios do interior que vai acabar com a paridade internacional dos preços da Petrobras. É um discurso político e populista diante da escalada dos preços da gasolina e do diesel. No ano passado, Bolsonaro também disse por diversas vezes, assim como Lula, que a Petrobras não pode se preocupar apenas com o acionista estrangeiro. E não vai ser agora que Bolsonaro vai ficar apenas vendo os preços subirem na bomba de gasolina, sem fazer nada enquanto seu oponente ganha no discurso.
O primeiro passo do governo está sendo discutir a PEC dos combustíveis. A discussão vai começar no Congresso como uma proposta de redução de impostos. Mas como lembram bem interlocutores do Planalto, assim como acontece qualquer PEC que tramita no Congresso, tudo pode acontecer no texto final. Até mesmo, quem sabe, se discutir a possiblidade de o presidente eventualmente poder acabar temporariamente com a paridade internacional. Uma coisa o governo sabe: na Câmara, ele passa o que quiser a toque de caixa. No Senado, vai confiar na pressão política e popular. Interlocutores do Planalto dizem que, lá por julho ou agosto, certamente vai haver uma solução para haver uma redução forte dos preços dos combustíveis. Ou seja, na reta final de campanha o governo vai agir.
*Quer receber alerta da publicação das notas do Radar Econômico? Siga-nos pelo Twitter e acione o sininho.