Bradesco afunda após balanço e 2022 se mostra preocupante para os bancos
VEJA Mercado: operação no quarto trimestre foi abaixo da esperada; juros e inadimplência impõem desafios para o setor neste ano
O lucro de 6,6 bilhões de reais do Bradesco no quarto trimestre de 2021 não apenas foi insuficiente para o mercado como também mostra os desafios que os grandes bancos vão enfrentar em 2022. O número é 3% menor em relação ao igual período do ano anterior e abaixo dos 6,9 bilhões esperados pelos analistas, mas o que chamou a atenção mesmo foi o aumento de quase 30% na provisão para devedores duvidosos, ou seja, o risco de inadimplência subiu. “É intuitivo a gente imaginar que a inadimplência aumente um pouco”, disse Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, em conferência com investidores. O cenário de juros para 2022 também deve impor mais despesas para a instituição e novas restrições para a tomada de novos investimentos. “A taxa é proibitiva. É difícil ter um negócio que dê um retorno maior que esse patamar de juros”, afirmou o executivo. O Bradesco foi o segundo banco a reportar resultados preocupantes, depois do Santanter. Às 15h14, as ações da instituição afundavam 7,53% na bolsa. Os números do Itaú serão revelados na noite da próxima quinta-feira, 10.
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