Bolsa ignora mais um dia a guerra na Ucrânia, mas segura onda de Carnaval
VEJA Mercado: índices sobem, mas tem gente preocupada em passar o feriado com ativos comprados em bolsa
VEJA Mercado | Fechamento | 25 de fevereiro.
Depois da tempestade, dias de sol? O ponto de interrogação é proposital porque ninguém sabe o que pode acontecer nas próximas horas, mas fato é que as bolsas tiveram um dia de ganhos depois da invasão na Ucrânia pelos russos. O Dow Jones e o S&P 500, de Nova Iorque, fecharam em altas de 2,51% e 2,24%, nessa ordem. Na Europa, os ganhos foram ainda maiores. O FTSE 100, de Londres, e o Dax, de Frankfurt, subiram 3,91% e 3,67%, respectivamente. O Ibovespa também subiu, mas em menor escala. O índice fechou em alta de 1,39%, aos 113.141 pontos. Importante ressaltar que o índice brasileiro não caiu tanto como os estrangeiros, mas alguns gestores apontam outro fator que pode ter feito os investidores pisarem no freio: o Carnaval. “A lembrança do Carnaval é da bolsa entrando em circuit breaker por causa da escalada da Covid-19 pelo mundo”, lembra Rodrigo Knudsen, gestor da Vitreo. Em março de 2020, a ficha de que a pandemia mudaria a rotina do mundo inteiro caiu justamente durante a folia. “Tem gente que não vai querer passar o Carnaval com grandes posições compradas em bolsa, sobretudo com as incertezas em relação aos conflitos na Ucrânia”, aposta o gestor.
O dólar, por sua vez, subiu. A moeda americana chegou a bater os 5 reais, mas ganhou força com as tensões geopolíticas e encerrou a semana cotada a 5,155 reais, uma alta de 0,99% em relação ao fechamento de ontem. No campo corporativo, destaques para as petrolíferas e mineradoras. Embora o petróleo brent tenha cedido 0,60% no mercado internacional, o atual patamar de 95 dólares o barril ainda é considerado bastante elevado. Empresas como PetroRio e Petrobras fecharam em altas de 3,86% e 1,83%, nessa ordem. Já para as mineradoras, o dia foi de volatilidade por causa dos resultados trimestrais da Vale, mas o fechamento acabou positivo. A Vale subiu 5,41%, enquanto CSN e Usiminas avançaram 6,81% e 3,23%, nessa ordem. Entre as baixas, destaque, mais uma vez, para a Qualicorp, que caiu 7,15%. Os acionistas da companhia ainda não digeriram muito bem a aquisição da SulAmérica pela Rede D’or, concorrentes da companhia no setor.
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