Bilionários de criptomoedas veem fortunas indo pelo ralo
Com perdas que podem passar de 10 bilhões de dólares, executivos do setor experienciam os efeitos da derrocada de moedas digitais
A drástica desvalorização de diferentes criptomoedas tem ocasionado perda de bilhões de dólares em patrimônio à uma série de executivos do ramo. Em questão de meses, Brian Armstrong, CEO da maior plataforma americana para comércio de criptomoedas, a Coinbase, perdeu 83% de sua fortuna, que passou de 13,7 bilhões para 2,3 bilhões de dólares, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg. Além de Armstrong, parte de seus competidores passam pelo mesmo, como Tyler e Cameron Winklevoss, que perderam 40% de seu patrimônio neste ano e Michael Novogratz, esse 66% mais pobre desde novembro. Já Fred Ehrsam, também fundador da Coinbase, perdeu mais de 60% de sua fortuna em 2022. A queda da fortuna está diretamente ligada à derrocada do bitcoin nos últimos meses e ao declínio do mercado de criptomoedas em geral que fez as ações das corretoras despencarem.
Desde a alta histórica do bitcoin de mais de 67 mil dólares, em novembro de 2021, a moeda perdeu quase 60% de seu valor. Esse cenário contribui para os problemas da Coinbase, cujas ações despencaram em mais de 85% nos últimos seis meses, para seu menor valor histórico. Em apresentação de seus resultados trimestrais, a empresa chegou a mencionar a possibilidade de falência: “(em caso de falência) nossos clientes podem estar sujeitos a processos de falência e podem ser tratados como nossos credores quirografários gerais”. A fim de acalmar os ânimos do mercado, Armstrong fez uma declaração no Twitter em que disse que “não há risco de falência”.
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