Banco diverge de Haddad e afirma que pacote deve ser 25% menor
Economistas do Itaú BBA indicam que plano de economizar R$ 70 bilhões em dois anos pode ser otimista demais
Os economistas do banco Itaú BBA divergem do ministério da Fazenda e apontam que a eficácia do pacote de cortes de gastos deve ser 25% menor que a estimada pelo ministro Fernando Haddad. O governo espera uma economia de 30 bilhões de reais em 2025 e de 40 bilhões em 2026. Já o Itaú BBA projeta uma redução de 23 bilhões de reais no primeiro ano e de 31 bilhões de reais no segundo — totalizando 53 bilhões em cortes. A avaliação dos economistas é que o pacote ficou aquém do esperado e pode ser insuficiente para o cumprimento da meta fiscal de déficit zero em 2025.
“A diferença para as estimativas do governo vem principalmente de uma menor expectativa de ganhos com reforço de medidas antifraude e do governo esperar uma economia com a prorrogação da DRU (Desvinculação de Receitas da União). O Ministro da Fazenda também anunciou que os programas pé-de-meia e vale-gás estarão dentro do orçamento e das estatísticas fiscais, o que, se implementado, ajudaria a diminuir parte das preocupações com criatividades contábeis, embora sem implicar em economia fiscal”, escrevem em relatório enviado a clientes.