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As perspectivas de Adriano Pires para os combustíveis em 2023

Antigo cotado para a presidência da Petrobras comenta sobre incertezas da companhia e bloqueio de refinarias por terroristas

Por Felipe Erlich Atualizado em 12 jan 2023, 17h39 - Publicado em 12 jan 2023, 16h26

Em um começo de ano politicamente conturbado, com mudança de governo, deflagração de mobilizações golpistas e dúvidas a respeito da futura gestão da Petrobras, nem tudo estimula o desamparo. No caso do setor de energia, fundamental para toda a economia do país, o economista Adriano Pires dá razões para que se crie algum otimismo. Cotado para a presidência da Petrobras durante o governo de Jair Bolsonaro e especialista do setor, Pires acredita que 2023 será um ano mais tranquilo para o mercado de combustíveis. “Estamos trabalhando com um preço de barril de petróleo entre 85 e 88 dólares para este ano. É alto, mas não chega aos 100 dólares que vimos no ano passado. Poderia ser menos, mas devemos ter uma pressão com a volta da atividade chinesa depois da flexibilização de restrições contra a Covid”, diz. Marcado pela guerra na Ucrânia e as últimas eleições, 2022 foi especialmente desafiador para o setor de energia.

Quando o assunto é a Petrobras, análises são particularmente difíceis, dadas as incertezas sobre as futuras políticas da empresa, reforça Pires. “Ainda estamos em uma estrada com muito nevoeiro, sem saber se ela é reta ou cheia de curvas. Por isso é muito difícil falar em Petrobras hoje, há muitas possibilidades do que pode ou não acontecer. Pouco se sabe da nova política de preços. Diferentemente do que foi dito, não acho que o governo manteve a isenção de impostos sobre combustíveis para dar tempo à revisão da política de preços, mas porque ficou com medo de comprar briga com caminhoneiros logo no primeiro dia de mandato”, diz.

Questionado sobre como a instabilidade política, a exemplo das tentativas fracassadas de bloqueio de refinarias, poderia se somar a esse cenário incerto, o economista afirma que o pior provavelmente já passou. “Acho que esses golpistas representam uma minoria e a tendência é o apaziguamento, mas teve um efeito de alerta. A lei diz que qualquer ato para derrubar a oferta de energia elétrica é claramente terrorista, então tem que ser tratado como tal. Se bem sucedidas, essas ações criarão um caos econômico e social”, diz.

Pensando na relevância das discussões a respeito da matriz energética brasileira para o desenvolvimento do país, a consultoria de Pires, o Centro Brasileiro de Infraestrutura e Energia (CBIE), está lançando o blog Descomplica como parte de seu site oficial. O espaço contém artigos que explicam o setor para o grande público. “São assuntos vistos como áridos. A ideia é mostrar que não são e trazer mais gente para essas discussões. Hoje, o produto mais escasso e caro do mundo é a boa informação, com a qual podemos fazer a boa crítica e pensar em boas soluções”, conta Pires.

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