Árbitro da briga de irmãos Batista com indonésios teve que depor à polícia
J&F segue tentando anular processo que deu ganho a Paper Excellence
O advogado Anderson Schreiber, que atuou como árbitro na disputa entre a J&F Investimentos e os indonésios da Paper Excellence pela Eldorado Celulose, teve que depor na Polícia Civil do Rio de Janeiro. A polícia está investigando o caso depois que a J&F acusou Schreiber de ter sido parcial na arbitragem por supostamente ter relação com o escritório que defendia os indonésios e também por supostamente advogar para uma associação de minoritários que processa a JBS, que pertence à J&F.
Schreiber reiterou no depoimento que não tinha relação com o escritório que defendeu a Paper, e que apenas seu escritório sublocou o espaço, tendo a sublocação terminado anos antes do início do processo arbitral. No caso da Aidmin, a associação que litiga com a JBS, Schreiber diz que atuou como advogado dando um visto para mudança de estatuto da associação, em 2015, sem ter advogado em outras causas.
A J&F, da família de Joesley Batista, perdeu o processo arbitral por uma decisão unânime dos três árbitros do caso, que entenderam que a Paper Excellence tinha direito a ficar com a empresa como acordado no processo de venda. A decisão foi tomada em fevereiro e de lá para cá a J&F tenta anular o processo. O caso corre na Justiça de São Paulo.