A reação do mercado ao primeiro encontro entre Lula e Campos Neto
VEJA Mercado: corretoras avaliam que aproximação depois de quase dez meses da posse de Lula pode render frutos ao governo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se encontraram pessoalmente pela primeira vez na tarde da última quarta-feira, 28. A reunião foi intermediada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O encontro aconteceu quase dez meses depois da posse de Lula e da série de ataques do presidente à condução da política monetária do Brasil. Algumas alas do mercado financeiro entendem que a aproximação é um bom sinal e que pode render frutos ao governo.
Os analistas da corretora Levante Investimentos afirmam, em relatório, que Lula ter Campos Neto como um aliado nas pautas do rotativo do cartão de crédito e dos juros para o empresariado seria de grande valor. Além disso, eles enxergam que a aproximação entre governo e Banco Central pode acelerar a agenda no Legislativo, tendo o chefe do BC como fiador. Já a equipe da corretora Ágora Investimentos avalia que o entendimento entre os poderes pode aliviar algumas preocupações dos investidores, mas que o cenário externo de incertezas impede que a bolsa de valores ganhe valor a partir desse encontro.