A paridade de gênero na OAB não é assim tão paritária
Conselho Federal escolhe dois homens para ocupar vagas no Conselho do Ministério Público e só duas mulheres estão entre seis indicados para a lista do TRF
A OAB promoveu uma grande mudança em seu estatuto ao exigir a paridade de gênero nas últimas eleições para o Conselho Federal. Mas essa paridade que de fato aconteceu e renovou o Conselho Federal não se viu espelhada em importantes indicações feitas ontem, segunda-feira, 4, pela Ordem ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e ao cargo de desembargador no Tribunal Regional Federal da 3a Região. Dois homens foram indicados para o CNMP, Rodrigo Badaró e Rogério Varela. Dos seis indicados à lista para o TRF, apenas duas são mulheres. Uma forte candidata ao TRF, Raquel Novaes, foi rifada na última hora e abriu mão da candidatura. Havia um acordo para que todos os estados votassem nos dois homens para o CNMP. Sob o argumento de votar em prol das mulheres, a OAB de São Paulo votou em Sandra Krieger, que recebeu apenas 2 votos dos 27 possíveis. Mas ao quebrar o acordo para o CNMP, São Paulo inviabilizou a candidatura de Raquel Novaes ao TRF.
De qualquer forma, a lista dos seis indicados ao TRF será analisada pelo tribunal, que só então envia uma lista tríplice ao presidente da República. Os advogados escolhidos para compor a lista são: Fernando Olavo Saddi Castro, Luiz Henrique Volpe Camargo, Marcelo Vieira de Camposm, Rita Maria Costa Dias Nolasco, Sandro Pissini Espíndola e Vanusa Inácio Machado.
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