A inesperada renúncia do CEO da CCR após imbróglio em leilão de Congonhas
VEJA Mercado: executivo deixa o cargo por razões de foro pessoal
O presidente da CCR, Marco Antonio Cauduro, pediu para deixar o posto dias antes dos leilões envolvendo o bloco de aeroportos que comporta Congonhas, em São Paulo, que acontece na próxima quinta-feira, 18 de agosto. A empresa aponta motivos pessoais para a renúncia de Cauduro e anunciou que a CCR ficará de fora da disputa, abrindo espaço para a concessionária espanhola Aena. A CCR era a favorita para arrematar o bloco. A Aena é o único grupo que apresentou proposta pelo contingente de 15 aeroportos, cuja outorga vale 740 milhões de reais. O Radar Econômico noticiou que a antecipação dos certames era interpretado por concorrentes como uma tentativa do governo de fazer caixa em ano eleitoral e que a antecipação inviabilizaria que muitos grupos — menores que a CCR — conseguissem realizar estudos de engenharia, demanda e viabilidade financeira para operacionalizar suas ofertas. Os analistas do banco Credit Suisse avaliam a renúncia de Caudura como inesperada e “marginalmente negativa”. Por volta do meio-dia, os papéis da companhia recuavam 1% na bolsa brasileira.