A empresa que “saiu” da mira de Lula após polêmicas em Vale e Petrobras
Ações da Eletrobras têm enfrentado dias mais tranquilos e analistas projetam acordo para encerrar imbróglio sobre reestatização da companhia
A distribuidora de energia Eletrobras tem tido dias mais tranquilos depois das investidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reverter sua privatização — chancelada no final de 2022. Enquanto o governo mira os dividendos da Petrobras e tenta influenciar a sucessão de Eduardo Bartolomeo na presidência da mineradora Vale, os ataques à Eletrobras têm ficado em segundo plano.
É o que escrevem os analistas da corretora Genial Investimentos. “Citamos o resfriamento relacionado a Ação Direta de Inconstitucionalidade, empreitada pelo governo federal no STF em relação ao direito de voto limitado a 10% que, apesar de ainda não encerrado, parece ter deixado de ser o foco do governo no momento”, afirmam em relatório enviado a clientes. A companhia teve lucro líquido de 900 milhões de reais no quarto trimestre de 2023, revertendo o prejuízo de pouco mais de 400 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Uma das soluções apontadas em relatório de analistas do banco Bradesco BBI para encerrar definitivamente o imbróglio entre governo e Eletrobras é a antecipação do pagamento de impostos à União. O acordo envolveria cerca de 36 bilhões de reais em impostos setoriais que a empresa teria de pagar pelos próximos 22 anos. Os analistas estão confiantes em um desfecho positivo das negociações para a companhia. As ações da Eletrobras sobem 1% nesta tarde.
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