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Negócios, Mercados & Cia
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Credit Suisse perde clientes de wealth management no Brasil

Em crise lá fora, banco suíço negocia venda da área de Investment Banking para fazer caixa e ajudar na sua recuperação no exterior

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 out 2022, 09h00

Nesta quinta-feira, dia 27, o Credit Suisse deverá indicar seu rumo futuro. Junto com os resultados do terceiro trimestre de 2022, é esperado que o comando do tradicional banco suíço, com 166 anos de história, também divulgue um plano de reestruturação de seus negócios na América Latina, incluindo o Brasil. O mercado financeiro já precifica, por exemplo, uma mudança de foco no País, onde deverá ficar somente com o segmento de gestão de fortunas – wealth management (WM). Como parte dessa mudança de estratégia, o CS tem negociado a venda da área de Investment Banking em toda a América Latina para outros bancos do setor e fundos soberanos – entre eles, estaria o do Qatar, dono de ativos superiores a US$ 330 bilhões.

Lideranças de grandes bancos de investimento avaliam que o CS até agora tem sido tímido em definir, efetivamente, seu rumo no território nacional, diante da necessidade de fazer caixa e ajudar na recuperação da crise financeira da instituição lá fora, abalada por perdas bilionárias após uma série de apostas erradas. E essa timidez tem seu preço. “A única coisa que tem valor agora no CS é a área de WM. Cada dia que passa, esse valor está diminuindo, pois estão perdendo clientes e ativos”, relata um banqueiro.

Com uma carteira de R$ 90 bilhões em ativos sob gestão em agosto deste ano, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o CS é o terceiro maior banco do Brasil em WM. O lucro líquido no primeiro semestre no País chegou a R$ 580 milhões, mais do que o dobro em relação ao mesmo período em 2021. A instituição também está capitalizada, com Índice de Basileia  (que mede a folga de capital para conceder crédito), de 18,21%, acima do mínimo de 11% exigido pelo Banco Central.

Ao se desfazer de alguma área no País, além de tentar fortalecer o WM, o banco “libera capital e pode vender melhor” – no que o mercado chama de price-to-book value. A venda de operações como a do banco de investimento deve resultar em corte de funcionários. No Brasil, o CS tem cerca de mil empregados, e ainda não está claro como seria essa redução dos quadros internos.

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Presente no Brasil desde 1959, a operação de banco de investimento do CS chegou a ser uma das mais relevantes do mundo para a instituição. Em âmbito global, as operações lideradas pelo CS ainda são relevantes, embora não com o  mesmo peso de antes. O banco ainda é forte no assessoramento de fusões e aquisições e de negócios, segundo banqueiros, mas “o foco maior é na gestãode recursos dos mais ricos”, afirma outro banqueiro.

Procurado, o banco se manifestou em nota, através de sua assessoria de imprensa, por estar em quiet period – período de silêncio por conta da divulgação de resultados: “Conforme anunciado, o banco apresentará uma atualização sobre o progresso de sua revisão estratégica abrangente juntamente com a divulgação dos nossos resultados do terceiro trimestre. Seria prematuro comentar sobre quaisquer possíveis consequências dessa revisão estratégica antes disso.”

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