O Cade aprovou ontem um acordo de joint venture que permite o compartilhamento de malha aérea, passageiros e cargas entre Latam e American Airlines. Até aí, beleza.
Mas, na prática, o acordo tem validade zero. O Departamento de Transporte dos Estados Unidos só autoriza que empresas aéreas americanas façam esse tipo de investimento em países signatários do Open Skies, um acordo bilateral de exploração mútua de malha aérea.
No Brasil, o Open Skies está parado no Congresso desde 2016 e não dá sinais de que vá avançar no curto prazo.
O hangar de US$ 100 milhões
Outra empreitada da American tem chances de ser mais bem sucedida. Saiu na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União portaria assinada pelo Ministro dos Transportes, Maurício Quintella, que autoriza a empresa a construir um hangar de manutenção no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
É o primeiro hangar de aérea estrangeira no local, e o primeiro hangar da American na América Latina. O projeto prevê investimento de até 100 milhões de dólares e tem causado confusão desde que foi anunciado, em 2016, com reclamações de sindicatos americanos de trabalhadores do setor, que temem a perda de empregos para o Brasil.