O ex-secretário da Receita Marcos Cintra defende que o governo federal se abstenha de cobrar os tributos federais das empresas durante a pandemia e, no lugar deles, implemente um imposto único sobre pagamentos, com alíquota mínima e capaz de assegurar o funcionamento do Estado.

Atualmente, Cintra preside o instituto Índigo, braço de estudos gerais do PSL, partido que, recentemente, apresentou proposta para que haja adiamento da cobrança dos impostos. Segundo ele, no entanto, o adiamento não é suficiente. Já o imposto único consta de proposta de alteração feita pelo presidente do PSL, Luciano Bivar, à PEC 45.

“Dos três principais grupos de gastos das empresas, que são funcionários, fornecedores e impostos, são justamente os tributos que ficam em último lugar na lista de pagamentos. As empresas que receberem ajuda para pagar pessoal e fornecedores terão, ainda assim, enormes dificuldades operacionais e poderão fechar. Isso pode implicar em obstáculos insuperáveis para a retomada do crescimento econômico sustentável”, afirma Cintra.