Relator da lei do gás quer térmicas inflexíveis na Floresta Amazônica
Usinas permitiriam a criação de uma malha de gasodutos no interior do Brasil, mas com custo financiado pelos consumidores
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da lei do gás no Senado, acabou de entregar seu relatório a líderes da Casa. No relatório, faz-se presente um dos pontos cruciais que permitiu que o tema fosse levado ao plenário nesta semana. O relatório defende que térmicas inflexíveis, abastecidas por gás natural e que nunca desligam, sejam construídas na região da Floresta Amazônica. Elas substituiriam as atuais, que utilizam diesel ou óleo combustível.
A construção dessas usinas, além de modernizar o sistema de geração de energia, financiaria também uma rede de gasodutos, segundo o relatório, “de modo a viabilizar o transporte de gás natural para capitais que ainda não dispõem de suprimento e a monetização integral de todas as reservas de gás natural em terra e no mar nessa Região”. O custo dessa rede seria financiado pelos consumidores de energia elétrica do país.
O texto, que ainda não foi oficializado — e, claro, alterado —, está pautado para ser votado na tarde desta quinta-feira, 10, no Senado. Caso seja aprovado da maneira como Braga entregou, o texto deverá voltar para a Câmara para ratificar ou reverter essa mudança.
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