Brasília sai de cena e bolsa sobe com olho nos balanços das empresas
VEJA Mercado: resultados das companhias ditaram o ritmo da sessão do Ibovespa; dólar cai

VEJA Mercado | Fechamento | 11 de novembro.
Enquanto o arrastado assunto PEC dos Precatórios fica em stand-by no Senado, os investidores aproveitam o momento mais tranquilo em Brasília para repercutir os resultados apresentados pelas companhias no terceiro trimestre, que foram ofuscados pela confusão em torno do novo Bolsa Família do governo federal. “O risco fiscal contaminou o ambiente de negócios no país, e, nesse cenário, os fundamentos da companhia perderam relevância, logo, é natural ter alguma correção de excessos conforme os balanços são divulgados”, avalia Evandro Bertho, sócio-fundador da Nau Capital. Nesta quinta-feira, 11, o Ibovespa fechou em alta de 1,54%, a 107.594 pontos.
No lado das altas, destaque para a Azul. A companhia reportou um prejuízo, mas o Citi destacou o EBITDA 21% superior às estimativas do banco, além de uma margem operacional positiva pela primeira vez desde o início da pandemia. As ações subiram 9,8%. A Localiza, que reportou um bom resultado de lucro de 671 milhões de reais impulsionado pelas tarifas em aluguel de carros, na visão da XP, viu seu papel fechar em alta de 5,3% nesta quinta-feira.
A indicação de Fernanda Guardado, diretora do Banco Central, que considera apropriada a manutenção do atual ritmo de alta da Selic em 1,5 ponto percentual, fez os juros futuros cederem e as empresas do varejo e de tecnologia subirem na bolsa. Méliuz e Magazine Luiza fecharam em altas de 10,3% e 5%, respectivamente. Exceção à Via, que derreteu 12,4% após um resultado muito mal visto pelo mercado. A sinalização da diretora do BC também trouxe impacto para o dólar, que voltou a cair na sessão de hoje em meio à alta da bolsa. A moeda americana fechou em queda de 1,74%, a 5,404 reais.