Compra da Reserva pela Arezzo é mais uma em mercado aquecido pela pandemia
Somente nesta sexta, dois negócios agitam o mercado: as fusões de Arezzo com a Reserva e da Localiza com a Unidas
A crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus aqueceu o mercado de fusões e aquisições, segundo agentes do setor. A Urca Capital Partners, por exemplo, registrou em 2020 um volume recorde de fusões e aquisições em seu portfólio. Atualmente, o grupo está gerenciando seis operações nos setores de saúde, educação, alimentação e criptomoedas, com volume médio de R$ 100 milhões cada. Na comparação com outubro do ano passado, as transações triplicaram.
“Os setores mais ativos são aqueles correlacionados a grandes problemas que temos no país, como saúde e educação. Há dois perfis comuns: o de fundos de private equity buscando consolidar setores e o de fusões entre companhias do mesmo setor correndo atrás de economia de escala e eficiência para enfrentar períodos como o de agora”, avalia Leonardo Nascimento, sócio da Urca. “Os investidores perceberam que há ativos baratos e houve uma aceleração no processo”, acrescenta.
Na manhã desta sexta-feira, 23, dois importantes negócios agitam o mercado. O anúncio de que a Arezzo comprou a varejista Reserva e a possibilidade de fusão entre as locadoras de automóveis Localiza e Unidas. A compra da Reserva pela Arezzo foi publicada originalmente pelo blog Brazil Journal. O Radar Econômico confirmou a informação. A revista VEJA desta semana abordou o tema em uma longa matéria, explorando os motivos que explicam o aquecimento do setor.
A Arezzo pagou 457 milhões de reais por meio de ações e 225 milhões de reais em dinheiro (deste montante, 50 milhões de reais serão pagos daqui um ano). Com a aquisição, os sócios da Reserva terão 8,7% de participação na Arezzo.
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