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Por Coluna
Blog do economista Maílson da Nóbrega: política, economia e história
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São fortes as expectativas de recuperação do setor imobiliário

Os sinais de que o setor se ajustou e começa a recuperar-se são cada vez mais evidentes

Por Maílson da Nóbrega Atualizado em 20 nov 2017, 11h45 - Publicado em 20 nov 2017, 11h33

O setor imobiliário, em especial o segmento residencial, costuma ser um dos últimos a sair de uma recessão. Isso se deve em grande parte à natureza de seu produto, um investimento fixo de valor relativamente elevado, que muito depende da recuperação do emprego. Outros determinantes da restauração do ritmo de crescimento do setor são a confiança, taxa de juros mais baixas e especialmente a oferta de crédito.

Pois bem, todos esses determinantes começaram a entrar em cena. A queda maior do que a esperada na inflação criou as condições para um vigoroso ciclo de política monetária, o qual, associado à restauração da credibilidade do Banco Central, permitiu que a taxa Selic caísse de 14,25% em 2016 para 7,5% neste momento. Tudo indica que o ano terminará em 7% e provavelmente em 6,75% a partir de fevereiro de 2018. A oferta de crédito dá os primeiros sinais de revigoramento.

A queda nos distratos é outro fator que estimula a retomada. Por tudo isso, as vendas de imóveis começam a esboçar uma melhora. Os novos lançamentos e as vendas de imóveis novos voltaram a acontecer em ritmo mais animador. No acumulado do ano até junho, os lançamentos cresceram 8,7%, em comparação com o mesmo período de 2016.

Ainda não é a recuperação dos sonhos do setor, pois ainda será preciso absorver os estoques acumulados durante a crise. No segmento residencial, dados de junho indicam que eram necessários 18,6 meses para zerar os estoques (19,1 meses em 2016). A média histórica é de 11,8 meses. A tendência é de continuada melhora desse indicador.

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No segmento comercial, a recuperação tende a ser mais lenta. Tem sido maior a demora em reagir à queda da taxa de juros, ao contrário do que havia acontecido em outros momentos de recessão. A causa parece ser o nível de estoques a absorver, que está acima de experiências passadas.

Isso porque o setor viveu um boom muito acentuado em 2011 e 2012. Era a época da falta de mão de obra qualificada compatível com o ritmo das construções. No segmento hoteleiro, o boom foi estimulado pela demanda esperada com os megaeventos esportivos que o Brasil patrocinou, a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016). No caso dos shopping centers, a grande ampliação em anos recentes explica, ao lado da recessão, a elevada taxa de vacância de lojas.

Em resumo, os sinais de que o setor se ajustou e começa a recuperar-se são cada vez mais evidentes. A continuidade da recuperação do emprego e da renda, associados aos efeitos defasados da queda da taxa de juros, dará ao mercado imobiliário a capacidade de contribuir para viabilizar um crescimento de 2,8% na economia em 2018.

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