ASSINE VEJA NEGÓCIOS
Imagem Blog

Maílson da Nóbrega

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do economista Maílson da Nóbrega: política, economia e história

Conselhos úteis dos chefes de poder a Bolsonaro

Presidente pretende realizar reunião com os chefes dos outros dois poderes, o procurador-geral da República e governadores

Por Maílson da Nóbrega 21 mar 2021, 16h00

A reunião que o presidente Jair Bolsonaro pretende realizar, ao lado dos chefes dos dois outros poderes, do procurador-geral da República e de alguns governadores, na próxima quarta-feira, pode ser uma boa oportunidade para discutir a assunção, pelo Poder Executivo, do papel que lhe cabe na indispensável coordenação de ações para combater a Covid-19. Esse papel é especialmente relevante na busca de vacinas e na tarefa de educar a sociedade em prol de comportamentos favoráveis a conter a disseminação do vírus, que tem sido muito rápida nas últimas semanas.

O aprendizado no enfrentamento da Gripe Espanhola de 1918-19, que matou entre 50 e 100 milhões de pessoas em todo o mundo, foi o de que a eficácia para lidar com a doença dependeu de quatro tipos de ação: distanciamento social (incluindo lockdowns), uso de máscaras, higiene das mãos e vacinação em massa. Curiosamente, Bolsonaro tem-se manifestado contra todos, exceto, talvez, a lavagem permanente das mãos.

No encontro da quarta-feira, os chefes de poder poderiam convidar especialistas para expor como outros chefes de governo foram bem-sucedidos em evitar que a doença se transformasse em desastre sanitário em seus países. Os casos da Nova Zelândia (25 mortos até agora) e de outros líderes da Ásia – casos de Coreia do Sul, Taiwan e Singapura – podem ser ilustrativos. Aqui na América Latina, o Chile tem sido excelente exemplo de sucesso. Na Europa, destacam-se Reino Unido e Portugal. 

Exemplos mundo afora poderiam convencer Bolsonaro de que o lockdown não significa uma medida para apeá-lo do poder, mas uma estratégia para controlar a atual e excessiva taxa de contaminação da Covid-19, reduzir as internações hospitalares e a sobrecarga dos serviços de saúde, e evitar que as pessoas morram na fila das UTIs. Em resumo, a adoção de medidas em linha com as melhores práticas e protocolos internacionais deve reduzir o ritmo de novos casos e mortes, salvando milhares de vidas. 

É difícil acreditar que Bolsonaro se disponha a ouvir esses conselhos, seguindo-os à risca. Ele tem-se demonstrado insensível a achados comprovados pela ciência, insistido em tratamentos ineficazes e boicotando medidas para enfrentar adequadamente a crise sanitária por que passa o país, a pior da história. Mesmo assim, como conselhos nada custam, valeria a pena tentar apresentá-los na reunião. 

Hoje, a coluna de Merval Pereira no O Globo menciona a carta divulgada por ex-ministros da Fazenda (inclusive o autor deste post), bem como ex-presidentes do Banco Central e do BNDES. O objetivo é sugerir medidas para enfrentar o desastre sanitário que infelizmente vivemos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ABRILDAY

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
A partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.