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HSBC fecha conta de Le Pen na França

O que a surpreendente decisão na Europa nos diz sobre a duvidosa vida bancária de medalhões da política brasileira sob investigação.

Por Lillian Witte Fibe 22 nov 2017, 12h43

Notei a nova bomba do Rio de Janeiro, sim. Mais 2 ex-governadores presos. O casal Rosinha e Garotinho, ele não pela primeira vez.
Também sinto o aroma de intervenção federal no Estado – tivéssemos nós um governo federal de fato em Brasília.
Mas: viciada em notícia, sigo olhando também o que acontece pelo mundo.
E me chama atenção o fato de o HSBC ter anunciado o fechamento da conta da líder de extrema-direita da França, Marine Le Pen. Para quem não se lembra, ela disputou o segundo turno em maio com o presidente Emmanuel Macron.
Mais estranho ainda: ontem, o Société Générale, o segundo maior da França, comunicou o fechamento de todas as contas do partido de Le Pen, a Frente Nacional.
Ela, que hoje é parlamentar, convocou entrevista coletiva em que disse ser vítima de perseguição das oligarquias financeiras, e de um fatuá bancário (referência aparente às sentenças do Islã que ela tanto combate).
Procurados, os bancos se recusaram a comentar.
O Société Générale diz apenas em que se limita a seguir as leis em vigor.
Segundo Le Pen, sua conta no HSBC existia há 25 anos, e a relação do partido com o SG data de 30 anos atrás.
Aí, a gente continua a ler pra tentar entender, e é lembrado que: 1) a Frente Nacional é investigada formalmente desde junho por denúncias feitas pelo Parlamento Europeu, que diz ter sido fraudado. Le Pen teria usado dinheiro do Parlamento para pagar funcionários da campanha eleitoral; e 2) o partido de Le Pen também aparece no noticiário dos últimos meses sobre dívidas atrasadas, reclamadas até mesmo por um banco da Rússia.
Ainda não se sabe ao certo o que levou ao encerramento de tantas contas em tão curto espaço de tempo.
O que sabemos é que os bancos estão cada vez mais preocupados em serem depositários de dinheiro ilegal.
Acordos internacionais são claros em apontá-los como corresponsáveis de sonegação, corrupção, crime organizado ou terrorismo, se movimentarem fundos de origem duvidosa.
Claro que novos paraísos fiscais vão aparecendo, mas a vida dos políticos corruptos parece mesmo ficar cada dia mais complicada.
A Lava Jato, a Calicute, a Cadeia Velha, a Zelotes devem muito à cooperação internacional de países onde o sigilo bancário deixou de ser cláusula pétrea.
Nesse contexto, trocar a direção da Procuradoria-Geral e da Polícia Federal não alivia muito os quadrilhões partidários de empapuçados e afins, não.
Não à toa, a Receita Federal baixou ontem nova instrução normativa: agora, pagamentos em espécie de mais de R$ 30 mil precisam ser declarados: https://idg.receita.fazenda.gov.br/noticias/ascom/2017/novembro/receita-federal-regulamenta-a-obrigatoriedade-de-prestacao-de-informacoes-em-operacoes-liquidadas-em-especie
Abaixo, três links sobre a confusão bancária de Marine Le Pen:
https://www.theguardian.com/world/2017/nov/22/hsbc-closes-marine-le-pen-bank-account-banking-fatwa
——
“22/11/2017
Les décisions du Groupe Société Générale en matière d’ouverture et fermeture de compte sont de nature exclusivement bancaire dans le respect des exigences réglementaires, et donc sans aucune considération politique.” https://m.societegenerale.com/fr/newsroom/position-du-group

——

https://www.theguardian.com/world/2017/jun/30/marine-le-pen-charged-in-inquiry-into-misuse-of-eu-funds?

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