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Combustíveis: solução tão óbvia quanto única

Em ano de eleição, só os chefes das quadrilhas fingem que não veem a resposta para o nó dos preços do diesel, da gasolina e do gás.

Por Lillian Witte Fibe 22 Maio 2018, 12h23
A briga sobre o preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha é mais um daqueles casos clássicos em que todos têm razão – sem que ninguém apresente uma solução.
A Petrobras, num dos poucos acertos do governo Temer, voltou a ser administrada decentemente por Pedro Parente, que mudou a política de reajuste dos combustíveis.
Na era Dilma Rousseff, que fez tudo errado, os preços foram martelados.
Todo mundo ficou feliz – até ser deparado com os fatos.
Quando mudou o governo, a Petrobras estava praticamente quebrada.
Assim como na energia elétrica (outra política desastrosa de Dilma), os preços dos derivados de petróleo passaram, meramente, a acompanhar a oscilação da commodity no mercado mundial.
Justo na hora em que a roda da economia dos países desenvolvidos voltava a girar pra valer, passada a Grande Recessão de 2008.
A demanda por petróleo voltou a aumentar, e a era do barril baratinho acabou.
O que os presidentes brasileiros fizeram enquanto o mundo lhes sorria, com preços dos combustíveis baixos e inundação de dólares vindos pra cá, em busca dos altos rendimentos que a moeda nacional lhes proporcionava?
Arrumaram as contas públicas? Aproveitaram para zelar pelo rombo fiscal, que é o que a aritmética primária recomenda quando se tem reservas cambiais extras?
Ao contrário: a dívida pública estourou. Ainda por cima, estourou em reais, isto é, a um custo caríssimo de carregamento.
Aqui estamos: a menos de cinco meses da eleição presidencial, o Planalto descobre que faltou combinar com o resto do mundo que esta não é a melhor hora para o petróleo voltar a subir.
É surpreendido pelo movimento dos caminhoneiros, que, com razão, não querem nem saber de petróleo internacional, e sim do preço do seu diesel, pago do próprio bolso.
Temer convoca reunião de emergência: é preciso repensar os aumentos de Pedro Parente.
O ministro da Energia, o expert no assunto, sr. Moreira Franco, descobre que os impostos sobre os combustíveis estão altos.
Eduardo Guardia, seu colega de esplanada que responde pela pasta da Fazenda, sai correndo para informar: não pode nem ouvir falar em arrecadar menos impostos diante do conhecido buraco nas contas públicas, que beira a tragédia.
Cobertor curto: 1) caminhoneiros têm razão ao reclamar dos aumentos do diesel; 2) Petrobras está certíssima ao seguir as oscilações dos preços no mundo; 3) sim, os impostos sobre diesel, gasolina etc são extorsivos e absurdos; 4) Tesouro não pode abrir mão de nenhuma tarifa, sob pena de acabar de quebrar.
O que fazer?
Só o óbvio: parar de roubar.
Quando o ralo fechar pros ladrões, cresce a arrecadação pela qual Eduardo Guardia tem obrigação de zelar; Moreira Franco ganha oxigênio para cortar os impostos de fato sem noção; a Petrobras segue livre pra praticar sua política de preços realista; e – bingo! – caminhoneiros, donos de carros, compradores de botijões de gás, ou seja, eleitores em geral, ficam pacificados.
E ainda: as estradas são liberadas, poupando o País de todos os prejuízos derivados desse tipo de movimento.
Solução simples e de efeito imediato.
Desconfio que seja a única.

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