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Por João Batista Oliveira
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Educação, capital humano e terceira idade

Mais uma pergunta aos candidatos a presidente: eles terão uma política de capital humano adequada para os brasileiros da terceira e quarta idade?

Por João Batista Oliveira 24 jul 2018, 12h25

E o futuro chegou. Em breve seremos um país de grisalhos, e, em um pouco mais de tempo, um país de idosos. A dificuldade atual em aprovar mudanças na Previdência Social vai soar como briga de criança quando uma população envelhecida lutar pelas suas necessidades de sobrevivência.

Uma política de longo prazo para a Terceira Idade tem pelo menos duas dimensões. De um lado, a dimensão individual – preparar os indivíduos para viver mais tempo e em condições saudáveis. E essa preparação não começa com cursinhos de dança para os maiores de 60, mas na Primeira Infância. De outro, a dimensão coletiva – ampliar o tempo de contribuição produtiva dos indivíduos para si mesmos e para a sociedade. Tudo isso precisa ser desenhado e implementado num prazo relativamente curto, em meio a uma incerteza brutal a respeito do futuro do emprego. Sem falar em medidas transitórias para aprender e a lidar com os contingentes de idosos que aumentam a cada dia e que chegam despreparados para enfrentar longos anos de velhice. Desafio para gente grande.

Novamente neste capítulo pode ser de grande ajuda o entendimento da questão no contexto de uma política de Capital Humano. Talvez esse seja o único marco amplo o suficiente para formular medidas suficientemente amplas e adequadas para lidar com as várias dimensões da questão: educação, saúde, previdência social, emprego, urbanismo, moradia, mobilidade…. e por aí vai.

O Brasil vive um momento em que o corporativismo predomina nas decisões – especialmente no que se refere à alocação de recursos públicos ou da regulação das iniciativas privadas –  a greve dos caminhoneiros ajuda a entender a opção preferencial dos políticos pelos grupos que falam mais alto. O resultado tem sido desastroso e já compromete grande parte dos recursos públicos, inviabilizando investimentos essenciais para as futuras gerações.

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O que outros países já experimentam – e que pode servir de alerta – é o alto poder de persuasão que podem exercitar contingentes enfurecidos de idosos descontentes, seja ou não por justa causa. Em alguns distritos dos Estados Unidos, por exemplo, não são incomuns casos de votação popular para eliminar investimentos em educação, de forma a sobrar mais recursos para a população idosa. A antropologia nos ensina que da mesma forma que pais podem sacrificar alguns filhos para assegurar a sobrevivência de outros, idosos poderão recorrer a semelhantes estratégias: o homem é o lobo do homem.

Resta, portanto, a pergunta aos candidatos: o que propõem como política para a terceira idade? Que foros vão criar para tratar dessas questões? Como uma política de capital humano pode incorporar o potencial contributivo dos contingentes cada vez maiores de brasileiros da terceira e quarta idade?

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