Doria declara patrimônio de R$ 180 milhões ao TSE
Candidato do PSDB é o primeiro a apresentar os dados à Justiça Eleitoral em São Paulo. O vice, Bruno Covas, informou à Justiça possuir 60.000 reais
O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, João Doria Jr, foi o primeiro postulante ao cargo na capital paulista a informar à Justiça Eleitoral o patrimônio que possui. Empresário e apresentador de TV, o tucano declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manter em seu nome bens avaliados em 179.765.700,69 reais. Candidato a vice-prefeito na chapa de Doria, o deputado federal Bruno Covas é bem mais modesto: declarou patrimônio de 58.059,19 reais ao TSE.
Da milionária declaração de bens de Doria, 85 milhões de reais dizem respeito a quotas de empresas em que ele tem participação. As mais valiosas são a Doria Administração de Bens, avaliada em 34,6 milhões de reais, e a D. Empreendimentos, cujo valor declarado é de 37,4 milhões de reais.
O candidato tucano também mantém 1,4 milhão de reais nos Estados Unidos, distribuídos entre uma aplicação e uma conta corrente, e 26 milhões de reais aplicados em fundos de investimento no Brasil.
Entre os imóveis declarados por João Doria à Justiça Eleitoral, estão três casas no Jardim América, bairro nobre da Zona Oeste de São Paulo, avaliadas em 19,8 milhões de reais, uma casa em Campos do Jordão (SP) e outra na Aldeia de Itaporóca, em Porto Seguro (BA), avaliadas, respectivamente, em 1,9 milhão de reais e 4,9 milhões de reais.
Na garagem de Doria, conforme suas informações ao TSE, ficam dois Porsches Cayenne, um de 378.000 reais e outro de 216.422 reais, um Pajero avaliado em 98.800 reais e um jipe Suzuki avaliado em 59.928 reais.
Em “jóia, quadro, objeto de arte, de coleção, antiguidade”, o tucano declarou possuir 33,8 milhões de reais. A fortuna está dividida em 51.700 reais em gravuras, 10.000 reais em uma estatueta, 30 milhões de reais em 165 pinturas, 2,6 milhões de reais em 48 esculturas e 1,2 milhão de reais em 46 fotografias.
Financiamento de campanhas – As novas regras para financiamento de campanha, que proíbem doações de empresas a candidatos e partidos, permitem que um candidato financie a própria campanha.
Em São Paulo, onde João Doria é candidato, os valores máximos estipulados pelo TSE para gastos de campanha são de 45,4 milhões de reais no primeiro turno da disputa e 13,6 milhões de reais em um eventual segundo turno. O valor máximo de uma campanha com dois turnos na capital paulista, como é provável que aconteça, corresponde, portanto, a 32,7% do patrimônio declarado pelo tucano à Justiça Eleitoral.