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Brasil tem 48 cidades sob risco de viver surto de dengue

Quadro representa riscos à saúde de 4,6 milhões de pessoas, diz o governo

Por Da Redação
5 dez 2011, 11h58

O Ministério da Saúde divulgou, nesta segunda-feira, os resultados do Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) 2011. Das 561 cidades pesquisadas, 236 estão em estado de alerta (com índice entre 1% e 3,9% de infestação), 277 possuem índice satisfatório (abaixo de 1%) e 48 estão em situação de risco para surtos da doença (acima de 3,9%). Nos munícios em situação de risco, mais de 3,9% dos domicílios apresentaram larvas do mosquito – colocando em situação de risco 4,6 milhões de pessoas.

Os municípios em situação de risco, incluindo três capitais – Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Cuiabá (MT) – estão localizados em 16 estados brasileiros: quatro na Região Norte; sete no Nordeste ; três no Sudeste; um no Centro-Oeste e um na Região Sul. Entre as capitais em situação de alerta, destacam-se Salvador, com índice de infestação de 3,5%; Recife (3,1); Belém (2,2); São Luis (1,6%); e Aracaju (1,5%).

Fortaleza e Natal, que no ano passado estavam em estado de alerta, passaram para situação considerada satisfatória, com índices de infestação de 0,9 e 0,8, respectivamente. “Os dados são feitos por estratos, assim o município consegue saber exatamente quais as áreas críticas da cidade”, diz Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde. Cada estrato contém de 9.000 a 12.000 domicílios.

De acordo com o ministro da saúde Alexandre Padilha, não é possível fazer uma comparação com os dados de 2010. Isso porque este ano houve um aumento de 53% no número de municípios pesquisados e de mais de 1.000 estratos. “Esses dados são uma fotografia. Quem está com baixo risco hoje pode migrar para uma situação de alerta ou de risco eminente caso não trabalhe intensamente até janeiro e fevereiro, época em que o número de casos é maior”, diz. O levantamento passará a ser feito, pelo menos, três vezes ao ano.

Número de casos – Em relação a 2010, o país registrou até novembro deste ano uma redução de 40% no número de casos graves e de 25% no número total de casos. A maior redução, de 77%, foi registrada no Centro-Oeste: foram 211.695 casos em 2010, frente a 48.524 em 2011 – Sul e Sudeste também tiveram diminuição. Já no Norte e no Nordeste houve um aumento no número de casos. No Norte, foram 115.042 casos em 2011 e, em 2010, 89.751. No Nordeste, 170.669 casos em 2011 e, em 2010, 115.042.

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De acordo com os dados do LIRAa, a predominância dos criadores do A. aegypti está nos resíduos sólidos na região Norte (44%); no Nordeste, está relacionada ao abastecimento de água, como caixas de água, tambores e poços (71%); no Sudeste, nos utensílios domiciliares, a exemplo de vasos, pratos, piscinas e lajes (46,9%). No Centro-Oeste os criadouros estão relacionados ao abastecimento de água e, no Sul, ao lixo.

Campanha 2012 – Lançada também nesta segunda-feira, a nova campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti tem o slogan Sempre é Hora de Combater a Dengue. O ministério da saúde irá repassar 20% a mais de recursos para os municípios que assinarem um termo de adesão com o compromisso de realizar atividades de vigilância epidemiológica, além de medidas voltadas para a assistência ao paciente. O valor do repasse será de 90 milhões de reais a mais, que deverão ser usados na qualificação das ações de prevenção e controle da dengue em 989 munícipios do país.

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