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Greve de residentes atrasa atendimentos ambulatoriais

Há previsão de demora nas consultas em todos os hospitais do país

Por Aretha Yarak
17 ago 2010, 16h34

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes, a classe é responsável por 70% dos atendimentos do SUS

Os médicos residentes dos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) do país entraram em greve nesta terça-feira por tempo ainda indeterminado. Com a paralisação, estima-se que os atendimentos sejam prejudicados e pacientes enfrentem filas de espera e remarcações de consultas previamente agendadas. “Um levantamento do Ministério da Saúde estima que cerca de 70% dos atendimentos feitos pelo SUS são realizados por residentes”, afirma Niveo Lemos Moreira, presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR). Segundo dados do Ministério da Saúde e da ANMR, 278.082 médicos e 22.000 residentes atendem os 155 milhões de brasileiros que precisam dos cuidados médicos oferecidos pelo SUS.

De acordo com Cid Carvalhaes, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a paralisação irá refletir diretamente na dinâmica dos hospitais. “Os médicos titulares terão de suprir a demanda. Mas, como as equipes estarão, em média, com um terço a menos de pessoal, os atendimentos ambulatoriais e as cirurgias eletivas devem diminuir.” Para Carvalhaes, a qualidade do tratamento oferecido, no entanto, não deve decair. “O residente não é meramente uma mão de obra. A concepção de residência é de um treinamento em serviço. O residente tem, necessariamente, de ser acompanhado por um supervisor.”

Segundo a AMNR, a paralisação se restringe apenas aos serviços rotineiros e sem gravidade. “Todo o atendimento de emergência será mantido e não deve ser afetado pela greve”, diz Níveo Moreira. No Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, com a greve dos 276 residentes (um terço do número de médicos) o atendimento clínico está sendo realizado com lentidão. A previsão de demora nas consultas é esperada em todos os hospitais do país. Só no Hospital das Clínicas de São Paulo, os residentes correspondem a um terço dos médicos, embora não tenha registrado atrasos no atendimento.

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As assessorias de imprensa da Universidade Federal Paulista (Unifesp) e da Universidade de Campinas (Unicamp) informaram nesta terça-feira que os médicos residentes dos hospitais vinculados às universidades não aderiram à greve. A paralisação na Unicamp deve acontecer apenas na próxima quinta-feira.

Exigências – A categoria reivindica 38,7% de reajuste na bolsa-auxílio (remuneração para residentes), congelada desde 2006 em 1.916,45 reais. Em nota, o Ministério da Saúde e da Educação informou que ofereceu aumento de 20%, mas apenas a partir do orçamento de 2011. Os médicos pedem ainda a ampliação do período de licença maternidade de quatro para seis meses e a criação de licença paternidade de cinco dias.

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