Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Novo exame de sangue pode prever síndrome de Down

Teste pode eliminar o risco de aborto espontâneo dos exames que atualmente são aplicados em gestantes

Por Da Redação
6 mar 2011, 19h17

Em breve, os atuais exames invasivos que preveem a possibilidade de uma criança nascer com Síndrome de Down darão lugar a um simples exame de sangue. É o que promete um estudo publicado no periódico Nature Medicine conduzido por pesquisadores do Chipre. Eles afirmam que o teste feito com 40 gestantes previu com precisão os fetos que tinham risco de apresentar a síndrome. Para tanto, foi utilizado o sangue da mãe.

Philippos Patsalis, diretor médico do Instituto Chipre de Neurologia e Genética, que comandou o estudo, disse que os resultados são “muito instigantes”. O experimento precisa ser testado em um estudo maior, com cerca de mil gestações, mas mudanças em práticas clínicas já poderão aparecer dentro de dois anos.

“Acreditamos que poderemos modificar este exame, tornando-o muito mais fácil e simples, e então teremos algo para ser introduzido na prática clínica,” disse Patsalis.

A síndrome de Down é um distúrbio genético e ocorre em um de cada 700 bebês nascidos vivos em todo o mundo. O risco de ter um bebê com síndrome de Down – que ocorre quando uma criança tem três cópias do cromossomo 21, em vez das duas normais – aumenta com a idade da gestante. O risco incorrido quando a mãe tem 40 anos é 16 vezes maior que o de uma mãe de 25.

Atualmente, os médicos usam um exame chamado amniocentese para verificar a probabilidade de um bebê nascer com a síndrome de Down. O exame geralmente é realizado com 15 ou 16 semanas de gestação e exige a retirada de líquido amniótico da mãe, com a inserção de uma agulha no útero. Como a amniocentese traz um pequeno risco de aborto espontâneo – que Patsalis avaliou em 1 ou 2 por cento -, cientistas vêm buscando maneiras menos invasivas de fazer exames para Down e outras síndromes genéticas.

Continua após a publicidade

O método de Patsalis usa uma pequena amostra de sangue que é retirada da mãe entre a 11ª e a 13ª semana da gestação. A presença de cópias extras do cromossomo 21 no feto é detectada com a análise do sangue materno. Em uma amostra pequena, a equipe de Patsalis diagnosticou corretamente 14 casos em que havia cópias extras do cromossomo, além de 26 fetos normais. “A abordagem não invasiva vai evitar o risco de aborto espontâneo provocado pelos procedimentos atuais, mais invasivos,” escreveram os cientistas, no artigo.

Em julho do ano passado, cientistas holandeses já haviam anunciado um exame similar.

(Com Agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.