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Autoexame contra câncer cervical poderá melhorar o diagnóstico da doença

Novo exame será feito em casa pela mulher sem ajuda médica; resultados são mais apurados que teste de citologia tradicional

Por Da Redação
2 nov 2011, 11h19

Um novo teste cervical que poderá ser realizado pela própria mulher, sem ajuda especializada, pode vir a ajudar na prevenção de milhares de casos da doença. O exame, que detecta a presença do papilomavírus humano (HPV), responsável pelo câncer cervical, acabou de ser testado em exames clínicos e se mostrou mais eficiente que os exames de citologia na detecção de sinais precoces da doença.

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HPV

O HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum, e tem mais de 40 subtipos, alguns dos quais podem causar câncer cervical e verrugas genitais. Normalmente, porém, o HPV não causa sintomas. Pelo menos 50% dos homens e mulheres sexualmente ativos contrairão HPV em algum momento de suas vidas. Geralmente o organismo humano consegue eliminar a infecção sozinho em dois anos, mas certos suptipos do vírus, conhecidos como cepas oncogênicas, podem evoluir para o câncer e precisam ser acompanhados de perto.

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No estudo, publicado no periódico médico Lancet, os pesquisadores britânicos responsáveis pelos testes clínicos sugeriram que o exame tem potencial para ajudar milhares de mulheres. Isso porque em países pobres, onde os testes de citologia são de difícil ou quase impossível realização, o número de exames feitos para prevenção ainda é baixo.

Esses testes de citologia são realizados por enfermeiras ou médicos, e analisados manualmente por citologistas, que emitem o laudo após o exame de amostras pelo microscópio. O autoexame poderá ser realizado pela própria mulher em casa, e a amostra poderá ser avaliada por um sistema computadorizado.

Segundo mais comum – O câncer cervical é o segundo tipo mais comum entre as mulheres. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, todos os anos são notificados cerca de 500.000 novos casos e 250.000 mortes em função do tumor. Virtualmente, esse câncer é relacionado ao HPV, a infecção viral mais comum do aparelho reprodutor.

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Um estudo realizado em setembro pela Health Metrics and Evaluation, um instituto de pesquisa de saúde da Universidade de Washington, descobriu que o número de mortes tanto pelo câncer cervical como pelo de mama estão aumentando em diversos países, especialmente em regiões pobres.

De acordo com Attila Lorincz, epidemiologista da Universidade de London, o novo teste poderia ajudar tanto mulheres de países pobres quanto moradoras de regiões mais ricas, mas que não conseguem fazer o exame ou não foram vacinadas contra o HPV. “Ao contrário de diversas outras doenças, o câncer cervical pode ser prevenido. Mas isso só é possível se as mulheres têm acesso ao exame ou se são vacinadas quando jovens”, diz Lorincz.

Pesquisa – No teste clínico, cerca de metade das 20.000 voluntárias realizou o autoexame, enquanto as demais fizeram a citologia em clínicas médicas. Os resultados apontaram que o autoexame encontrou quatro vezes mais casos de câncer cervical e três vezes mais casos de pré-câncer, que pode ser tratado para prevenir que a doença se desenvolva.

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“Nossa pesquisa demonstra que o exame é sensível para detectar casos de risco para o desenvolvimento da doença”, diz Lorincz. Segundo o especialista, essa sensibilidade do teste é fundamental para aquelas mulheres que provavelmente serão testadas apenas uma ou duas vezes na vida. Mas, de acordo com a equipe de pesquisadores, o autoexame ainda tem algumas limitações, como uma tendência a dar mais falsos positivos.

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